O 8 de Janeiro e a Polícia Militar
- Comunicação ASOF PMDF
- 12 de ago.
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Aproxima-se o julgamento dos oficiais da PMDF presos após os nefastos acontecimentos ocorridos na Esplanada dos Ministérios, no dia 8 de janeiro de 2023. Cada vez mais acirrada, a disputa entre dois segmentos políticos de expressão nacional continua arrastando para a lama tudo o que gira em torno deles. Acusados indevidamente de apoiar uma suposta tentativa de golpe, os oficiais da PMDF estão pré-julgados e encarcerados, com suas vidas e carreiras destroçadas. Esquecidos por quase todos, seguem aguardando silenciosamente a hora do “abate”, como verdadeiro gado em um matadouro.
Profissionais comprometidos, pais de família exemplares e cidadãos cônscios de suas responsabilidades estão sendo jogados aos lobos para sustentar uma versão de golpe que teriam, por omissão, apoiado. As imagens que não são levadas em consideração mostram, por si só, a atuação desses oficiais e de toda a tropa na tentativa de conter a turba e restabelecer a ordem na Esplanada dos Ministérios. Ações como as vistas no 8 de janeiro já ocorreram dezenas de vezes na história da capital federal e nunca fomos condescendentes, nem jamais seremos. A verdade absoluta talvez só venha à tona daqui a alguns anos e, quando vier, já não poderá alterar a realidade da situação. Entretanto, o que sabemos, de forma clara e cristalina, é a inocência dos oficiais da PMDF e de sua tropa.
O julgamento é divulgado como a “responsabilização da alta cúpula da PMDF”, mas, em seu bojo, leva de roldão oficiais que estavam presentes apenas por mera escala de serviço e que jamais fizeram parte de qualquer tipo de planejamento ou organização do policiamento para o fatídico dia. Tentam, de todas as formas, envolver diversos oficiais em variadas funções para sustentar uma trama e impedir a plena defesa dos envolvidos. Instituições como o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a ABIN, entre outras, foram convenientemente esquecidas, mesmo sendo atores centrais para a elucidação dos fatos. Cai sobre nossos ombros a culpa total por fatos sobre os quais não tínhamos controle, tampouco autoridade para intervir.
Famílias estão sendo destroçadas, carreiras destruídas, reputações aniquiladas tudo em uma tentativa de manter a narrativa de um golpe estruturado por um “lado A versus lado B”. Somos massa de manobra, convenientemente silenciada pela hierarquia, pela disciplina e por ameaças de sermos cada vez mais incluídos em inquéritos secretos e julgamentos de bastidores.
Ninguém virá por nós. Ninguém cuidará das famílias no pós-apocalipse. Ninguém proverá a subsistência daqueles que forem incinerados na fogueira da vaidade de uma situação política que dividiu ao meio nosso país. Entretanto, mesmo de forma disciplinada e silenciosa, estaremos de pé e à disposição de nossos injustiçados companheiros em tudo o que precisarem. Fizemos vaquinha, sim. Visitamos as famílias, sim. E estaremos sempre prontos a amparar nossos oficiais e seus familiares em tudo o que for necessário. Sabemos da inocência absoluta de todos eles e jamais compraremos narrativas espúrias que visam apenas estabelecer uma cortina de fumaça sobre a verdade e nos utilizar como instrumento para comprovar teses inaceitáveis!
Brasília – DF, 08 de Agosto de 2025 ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR DO DF
(ASOF/PMDF)
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