ASOF questiona matérias com acusações à PMDF
A Associação contradiz reportagens publicadas pela imprensa que, sem ouvirem o outro lado do fato, acusam a PMDF de prejudicar festa por causa de manifestações políticas dos convidados contra Jair Bolsonaro
Por Paulo Castro Assessor de imprensa
A Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (ASOF/PMDF), em decorrência de duas matérias publicadas pela imprensa hoje (02/04), se manifesta publicamente no sentido de repudiar os dois textos noticiosos, que tecem acusações infundadas e inverídicas
contra a Corporação militar.
Em ambos os textos (veja os links: https://bit.ly/376Dhyv e https://bit.ly/36QKkLZ), a PMDF foi acusada de interromper, na noite de ontem (1º/04), uma festa de aniversário em área nobre da cidade (setor Noroeste) depois que os convidados começaram a gritar: “fora, Bolsonaro!”.
Os fatos narrados pelos dois veículos de imprensa não representam a realidade sobre a ação da Polícia Militar na ocorrência. Os PMs simplesmente foram ao local porque vizinhos estavam incomodados com o barulho da festa de aniversário depois das 22h. O som se propagava pelos prédios adjacentes mesmo com a presença dos policiais militares.
Dois vizinhos estavam profundamente irritados com o som alto e estavam dispostos a fazer uma representação contra o dono da festa. O aniversariante (que é jornalista) e os convidados tentaram impedir o trabalho dos policiais e alegaram perseguição política. Mas vídeos gravados pela Polícia Militar mostram exatamente o contrário.
Os frequentadores da festa tentaram impedir a ação policial com a falsa alegação de que os PMs somente estavam lá por causa de sua manifestação política. Porém, por diversas vezes, os policiais frisaram que aquele não era o motivo de sua presença no local, mesmo porque não é crime se manifestar contra os governantes no poder.
Os convidados foram extremamente hostis com os policiais, que foram recebidos com xingamentos, sem que a PM sequer os tivesse provocado; pelo contrário, os policiais agiram com cortesia e profissionalismo.
Uma convidada da festa tentou impedir a ação da PM, atrapalhando o trabalho da polícia e intimidando os denunciantes. O jornalista, dono da festa, também intimidou os policiais, dizendo que ali, entre os convidados, só havia pessoas importantes. Não satisfeito, ele acrescentou: “você é bolsonarista, você está agindo em favor de Bolsonaro, você é completamente Bolsonaro, você não está agindo em nome do Estado”.
Os policiais militares, sempre com profissionalismo, acompanharam o “show” dado pelos convidados, que queriam continuar a festa e alegavam perseguição política. Os militares ainda tiveram que ouvir que, na festa, havia autoridades competentes para conduzir a situação. Depois de conseguir acalmar os ânimos dos integrantes da festa, a PM conseguiu resolver a situação. O anfitrião assinou um termo, se comprometendo a prestar esclarecimentos à Justiça quando intimado.
Apesar do conteúdo contundente das duas reportagens contra a ação legítima dos policiais militares, foi apurado pela ASOF, perante o Centro de Comunicação Social da PMDF, que nenhum veículo de imprensa entrou em contato com a Corporação antes da publicação das matérias. Ou seja, a tão apregoada isenção da imprensa e a tão propalada necessidade do contraditório parecem ser meros artifícios de retórica do manual do bom jornalismo, que só é efetivamente levado em consideração quando seu uso vem ao encontro dos interesses da reportagem, mas não da verdade dos fatos.
A ASOF entende que a imprensa precisa ser imparcial em sua atividade de informar e formar a opinião pública. Se a PMDF tivesse se recusado a intervir na celebração da festa, seria acusada de omissa pelos vizinhos incomodados com o barulho. Como os policiais militares atenderam ao chamado, cumprindo o seu dever, foram acusados de arbitrários e de cometer abuso de autoridade.
Brasília (DF), 2 de abril de 2022.
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